Marcelo: "Os próximos quatro anos serão decisivos"

Este sábado, 11 de outubro, na comunicação que fez ao país, o Presidente da República destacou “uma razão” adicional para apelar ao voto nas eleições autárquicas deste domingo, dia 12. “Os próximos quatro anos serão decisivos para o uso do dinheiro de Bruxelas. Boa parte destes elevadíssimos recursos passará pelo poder local”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, que falou nos milhares de milhões de euros do PRR, o Plano de Recuperação e Resiliência, e do Portugal 2030.
Marcelo começou o discurso a falar sobre como as eleições autárquicas representam “a cidadania de maior proximidade a funcionar”. O Presidente destacou ainda os autarcas que chegaram ao limite de 12 anos de mandato, o recorde de listas concorrentes, e o facto de que estas autárquicas decorrem entre eleições legislativas e presidenciais — as três num período inferior a um ano, o que “só aconteceu no início da democracia”. Marcelo também assinalou as campanhas “movimentadas e disputadas”, assim como “pacíficas e civilizadas”, que trataram de “temas locais” ao invés de temas nacionais ou internacionais. A seguir, o Presidente passou para o motivo pelo qual considera ainda mais relevante que a população vá votar no domingo.
“Os próximos quatro anos serão decisivos para o uso do dinheiro de Bruxelas”, disse, falando em primeiro lugar sobre o PRR. “Já estão aplicados pouco mais de 9 mil milhões mas no todo são 23 mil milhões. Temos ainda para fazer chegar mais de 13 mil milhões aos beneficiários finais“, destacou o Presidente, recordando ainda os “mais 23 mil milhões do Portugal 2030“. “Boa parte destes elevadíssimos recursos passará pelo poder local”, afirmou Marcelo. “Votar amanhã não é só votar naquelas e naqueles que melhor conhecemos. É ao mesmo tempo votar para que apliquem milhões que não voltam mais, dando mais desenvolvimento aos nossos municípios e freguesias”.
Sobre as abstenções, Marcelo reforçou que “não votar é renunciar a uma oportunidade única de beneficiar de uma situação financeira irrepetível“, destacando que “sem poder local forte, tudo mais é como um edifício sem alicerces”. Por fim, apelou: “Amanhã, votem por vós próprios. Pelas vossas famílias. Pelas vossas comunidades.”
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